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domingo, 6 de abril de 2025

Estudo do Evangelho segundo Lucas 4:14-30

Vamos para a 2ª parte do nosso estudo do Capítulo 4.  Recapitulamos a 1ª parte:

1.1. Tentação de Jesus no deserto (Lucas 4:1-13)

Após o batismo, Jesus, guiado pelo Espírito Santo, é conduzido ao deserto, onde jejua por quarenta dias e enfrenta três tentações do diabo:

  • Transformar pedras em pão: Satisfazer a fome física.
  • Adorar o diabo em troca de poder mundano: Buscar glória terrena.
  • Testar a proteção divina: Pular do pináculo do templo.

Em cada situação, Jesus responde com citações das Escrituras, demonstrando Sua fidelidade a Deus e resistência às tentações humanas. Este episódio destaca a humanidade de Jesus e Seu compromisso em cumprir a vontade de Deus sem sucumbir ao fascínio do poder mundano ou ao conforto pessoal. Daremos continuidade ao estudo:  

2.2. Rejeição em Nazaré (Lucas 4:14-30)

Jesus retorna à Galileia e começa a ensinar nas sinagogas, ganhando reconhecimento. Em Nazaré, Sua cidade natal, lê o rolo de Isaías na sinagoga, declarando que a Escritura se cumpriu Nele: Ele é o Ungido que traz boas novas, libertação e cura. No entanto, o povo de Nazaré O rejeita, e Jesus salienta que os profetas são frequentemente rejeitados nas suas próprias cidades. Enfurecidos, tentam expulsá-lo da cidade, mas Jesus passa por entre eles e vai embora.

Pano de Fundo

Depois de ser batizado e passar pela tentação no deserto, Jesus retorna à Galileia “no poder do Espírito” (v.14). Ele começa a ensinar nas sinagogas, e Sua fama se espalha rapidamente pela região.

2.3. Jesus em Nazaré (v.16-17)

Jesus vai à sinagoga de Nazaré, sua cidade natal. Ele participa da leitura pública das Escrituras — um costume comum para judeus — e Lhe é entregue o livro do profeta Isaías.

Ele lê a passagem de Isaías 61:1-2 (com algumas adaptações), que fala sobre:

  • Boas novas aos pobres,
  • Libertação aos cativos,
  • Visão aos cegos,
  • Liberdade aos oprimidos,
  • O ano aceitável do Senhor.

 

 2.4. Jesus aplica a profecia a Si mesmo (v.21)

Após a leitura, Jesus declara que aquela Escritura se cumpriu naquele momento. Isso significa: Ele é o Ungido de Deus, o Messias prometido. Essa afirmação é extremamente ousada.

Inicialmente, os ouvintes ficam maravilhados com Suas palavras (v.22), mas isso logo muda.

Ceticismo e orgulho local (v.22-24)

Eles questionam: “Não é este o filho de José?” Ou seja, como alguém tão comum, que cresceu entre eles, poderia ser o Messias?

Jesus percebe a rejeição e diz:
“Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra.”
Ele reconhece que o povo esperava sinais e milagres, como os que Ele realizou em Cafarnaum.

1.5. Exemplos provocativos (v.25-27)

Jesus cita dois episódios do Antigo Testamento:

  1. Elias foi enviado a uma viúva gentia em Sarepta (1 Reis 17), não a nenhuma viúva de Israel.
  2. Eliseu curou Naamã, o sírio, e não a nenhum leproso de Israel.

Esses exemplos destacam que Deus também age fora dos limites de Israel, abençoando gentios quando o povo escolhido é infiel.

Essa é uma crítica direta ao orgulho e à incredulidade dos nazarenos.

 

Reação furiosa (v.28-30)

Essas palavras enfurecem a multidão. Eles se sentem ofendidos pela ideia de que estrangeiros foram mais receptivos a Deus do que os próprios israelitas.

A população se levanta, expulsa Jesus da sinagoga e tenta matá-lo, levando-o ao topo do monte para lançá-lo de lá. Mas Jesus, com calma e autoridade, passa por entre eles e vai embora.

 

Reflexões principais

  • Jesus foi rejeitado por ser "comum demais" aos olhos do povo.
  • O orgulho religioso impediu os nazarenos de aceitarem a verdade.
  • A missão de Jesus não era apenas para os judeus, mas para todos.
  • A rejeição dos Seus é um prenúncio do que Ele enfrentaria em todo o Seu ministério.

3. Ministérios em Cafarnaum e outras cidades (Lucas 4:31-44)

Em Cafarnaum, Jesus ensina com autoridade, expulsa demônios e cura muitos enfermos, incluindo a sogra de Pedro. As pessoas ficam maravilhadas com Seu poder e desejam retê-lo na cidade. No entanto, Jesus afirma que deve pregar o evangelho do Reino de Deus em outras cidades também, pois essa é Sua missão. Seu ministério de cura demonstra Sua compaixão por aqueles que estão sofrendo e Seu desejo de trazer integridade aos indivíduos, tanto física quanto espiritualmente.

Pano de Fundo

3.1. Jesus em Cafarnaum (v.31-32)

Jesus vai para Cafarnaum, uma cidade da Galileia que se tornaria uma espécie de base para o Seu ministério.

  • Ele ensina nas sinagogas no sábado (dia de adoração judaica).
  • As pessoas ficam maravilhadas com Sua doutrina, porque Ele ensinava com autoridade, diferente dos escribas que apenas repetiam tradições.

Destaque: Jesus não apenas repete a Lei, Ele ensina com clareza, convicção e poder. Ele fala com o peso de quem tem a verdade.

 

3. 2. Expulsão de um espírito maligno (v.33-37)

Na sinagoga, um homem possuído por um espírito imundo grita:

“Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!”

  • O demônio reconhece quem é Jesus — algo que as pessoas ainda não compreendiam totalmente.
  • Jesus repreende o espírito, ordenando que saia do homem.
  • O espírito sai sem feri-lo, causando grande espanto entre os presentes.

Eles dizem:

“Que palavra é esta? Pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem.”

A fama de Jesus se espalha rapidamente pela região.

 

3.3. Cura da sogra de Simão (Pedro) (v.38-39)

Jesus vai à casa de Simão (Pedro), onde a sogra dele está com febre alta.

  • Jesus inclina-se sobre ela, repreende a febre, e ela imediatamente se levanta e começa a servi-los.
  • Isso mostra a imediaticidade e completude da cura — ela não apenas se levanta, mas já está bem o suficiente para servir.

 

3. 4. Cura de muitos enfermos e endemoninhados (v.40-41)

Ao pôr do sol (quando termina o sábado e o povo pode se mover livremente):

  • Pessoas trazem todos os doentes e possessos a Jesus.
  • Ele cura cada um individualmente, impondo as mãos.
  • Novamente, os demônios reconhecem quem Ele é, dizendo:

“Tu és o Cristo, o Filho de Deus.”

Mas Jesus os repreende e os proíbe de falar, pois ainda não era o tempo para essa revelação pública.

 

 3.5. Jesus se retira para orar e continua Sua missão (v.42-44)

Ao amanhecer, Jesus se retira para um lugar deserto — um padrão em Seu ministério: equilibrar trabalho com momentos de oração e solitude.

As pessoas tentam impedi-Lo de ir embora, pois querem que Ele continue em Cafarnaum.

Mas Ele responde:

“É necessário que eu anuncie também às outras cidades o evangelho do Reino de Deus, porque para isso fui enviado.”

  • Jesus deixa claro que Sua missão é itinerante — Ele não veio apenas para uma cidade, mas para levar o Reino a todos.

 

 Reflexões principais

  • Autoridade: Jesus tem poder sobre o mundo espiritual e o físico.
  • Identidade revelada: Os demônios sabem quem Ele é, mas Jesus escolhe o momento certo para que isso seja revelado ao povo.
  • Compaixão: Ele cura pessoalmente, com toque, com atenção.
  • Missão: Jesus não se limita à popularidade local. Ele tem um propósito maior — levar as Boas Novas a toda parte.

 


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